Catarse 101

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Esta manhã me entreguei à frivolidade dos instantes. Não que fosse minha intenção. Foi imperativo. Aproximava-me do ponto de ônibus quando pude vislumbrar o desgraçado, aquela carroça do inferno, aquele pau-de-arara pós-moderno, que atende pelo nome de 693 ALVORADA passando ao longe. Corri, corri, mas não o suficiente. Cheguei apenas ao ponto de vê-lo esvair-se no horizonte sem mim.

Acendi o baseado e li dois capítulo de A Cartuxa de Parma, que tenho lido. Remarquei a reunião das 11h. Terminei de escrever esse post no celular. Boa manhã.

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#1 Assim

Já aprendi a dizer sim
Já aprendi a caminhar
Já sei o que eu quero
Quem sabe eu chego lá

Viver nem é tão difícil,
a gente que complica.
Eu que nunca fui melancólico
não quero começar agora…

Não vem mexer comigo,
eu tô bem assim.
Não me pressiona
que eu tô bem assim.

Não roube o meu sorriso
ele nem vale tanto…
Mais raro é o meu pranto
não mostro pra ninguém.

Segundas

Quem habituado está à Gestão de Badvibes pode imaginar como acordei. Sempre que vou pedir uber pra minha casa, o destino sugerido pelo app é a casa dEla. Percebam a sutileza do cavalo: sonhei comigo pedindo um uber pra casa dEla e o carro não chegava nunca.

Entregue a choramingos e condolências, levantei às 8h e fui me vestir. Estava me sentindo especialmente apto a vestir preto. Fechei a porta, botei os fones de ouvido (Copeland – Erase) e comecei a me vestir com toda a dramaticidade de uma solidão matutina. Acendi o beck, refleti virado pro espelho. Minha mãe, toda estabanada, entra no quarto.

– Ô GUILHERME tu vai querer DIPINDURA esse quadro aqui na tua parede?

– MÃE você não vê que estou TRISTE?

“Vô não, bãe. Guarda ali que depois eu vejo isso”

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