Era verão.
Toda a empresa fora convidada a uma churrascaria chique na zona sul. Comemos comida de gente rica, com carnes que se desfaziam na boca, champagne e cerveja liberada, tudo às custas dos nossos chefes. Vez ou outra pediam o microfone para fazer algum tipo de agradecimento, “estamos ficando bilionários às custas do seu tempo de vida e esforço”, só que mais bonitinho, sabe, coisas assim.
Por volta das 17h ninguém aguentava ingerir mais nada – até por que não podíamos fumar um Bergson por ali, o que diminuía sensivelmente nossa capacidade alimentativa – e estávamos ansiosos para uma choppada que iríamos dali a pouco. Nosso grupo saía pouco, mas quando saía era pra fazer história, e estávamos portanto ansiosos para ir àquela choppada de publicidade da faculdade do meu amigo, o Gui.
Chegamos por volta das 19h. Estava claro e todos já bêbados – a festa começara 16h. Meio deslocado, eu sabia que era questão e tempo – e álcool – até tudo se resolver.
“Hoje vou te arranjar uma menina“, disse-me Gui.