

Sinopse:
Após viralizar um vídeo de policiais espancando um adolescente pobre de 13 anos até a morte, 3 irmãos do gueto árabe Athena lideram um levante civil contra a polícia francesa.

Opinião sobre “Athena”:
A primeira cena do filme é uma das melhores em muito tempo: um plano sequência inacreditável, pulsante, de jovens invadindo uma delegacia, roubando suas armas e fugindo em alta velocidade, em clara declaração de guerra. Naquele momento, acabara de estourar uma revolta civil.
Nesses estonteantes planos-sequência, é tudo muito bonito e muito bem feito, uma revolta de dar gosto. Mas, convenhamos, aquilo é uma quarta-feira normal para brasileiros. Um brasileiro minimamente informado consideraria a revolta do filme uma brincadeira de criança: sem armas, sem mortes, a polícia educadamente invadindo a comunidade, nem palavrões se ouve. Veja que absurdo – antes de invadir a comunidade, a polícia tem a pachorra de pedir para os moradores evacuarem a região!
Os coquetéis molotov dão um lindo artifício cinematográfico, mas é só. Num confronto quase suicida e ineficaz, os jovens se jogam contra um batalhão de Choque apenas com socos, chutes e disposição. Obviamente a revolta não dura mais do que algumas horas e, em uma cena de espetáculo visual um pouco descontextualizada, acontece o que a gente já esperava que fosse acontecer mesmo.

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Assista na Netflix / 1h
Direção: Romain Gavras
Roteiro Romain Gavras, Ladj Ly
Elenco: Dali Benssalah, Sami Slimane, Anthony Bajon