
Falam muito bem desse livro, ganhou tudo que era prêmio nos últimos anos, a capa é chamativa e todo mundo gosta de tirar foto com ela.
Livro bom, curtinho, direto ao ponto, duas irmãs, Bibiana e Belonísia, que vivem num contexto análogo à escravidão numa fazenda na Chapada da Diamantina. Uma delas, logo cedo, fica muda, e o livro procura dar voz às duas, mostrando suas vidas e suas perspectivas. Desde a inocência da infância, às aspirações da adolescência, às dores do amadurecimento, às instigações políticas, à inconformidade (ou conformidade) com suas situações.
O livro aborda diversos aspectos de suas vidas de uma maneira muito representativa, mostrando as vísceras de um Brasil que ficou esquecido, de uma cultura que foi encarcerada, de uma espiritualidade que foi corrompida, e de uma população a quem os olhos dos políticos só se voltam para pedir votos.
Misticismo, cultura e brasilidade à máxima potência tornam esse livro um furacão extremamente atual.